A Arte Indígena
A arte não é uma atividade separada, individualizada. Normalmente, ela se mostra totalmente ligada à vida cotidiana e a elementos rituais, como nas pinturas corporais. Estas fazem com que cada grupo ou tribo indígena se torne diferente de outra. Mesmo assim, muitas tribos, como os karajás, usam a pintura corporal como enfeite. A tinta usada pelas tribos em geral é totalmente natural, provinda de árvores ou mesmo de frutos. Em cada grupo também se pode destacar o uso de adornos. Os adornos são usados, normalmente, em ritos especiais de cada tribo. Outro importante trabalho indígena é a arte plumária. Nela se constitui trabalhos com plumas e penas de pássaros. Ao contrário do que muitos pensam, os índios abatem as aves, mas não as comem, e sim usam suas belas penas coloridas.A grande maioria de tribos indígenas desenvolvem também a cerâmica e a cestaria. Os cestos são, em sua grande maioria, produzidos a partir de folhas de palmeiras e usados para guardar alimentos. Já na cerâmica, são produzidos vasos (às vezes zoomóficos) e panelas através do barro modelado. Tanto na cerâmica como na cestaria, são usados também a pintura (a mesma de seu corpo) e desenho abstrados para colorir seus trabalhos.
Os índios também valorizam muito a música. Muitos instrumentos musicais foram criados pelos indígenas, como flautas e chocalhos. A música era usada por todas as tribos como passatempo ou em rituais sagrados.
Autoria: Mahatma Porto Araújo
A Música Brasileira
A música do Brasil formou-se, principalmente, a partir da fusão de elementos europeus e africanos, trazidos respectivamente por colonizadores portugueses e pelos escravos.Até o século XIX Portugal foi a porta de entrada para a maior parte das influências que construíram a música brasileira, erudita e popular, introduzindo a maioria do instrumental, o sistema harmônico, a literatura musical e boa parcela das formas musicais cultivadas no país ao longo dos séculos, ainda que diversos destes elementos não fosse de origem portuguesa, mas genericamente européia. A maior contribuição do elemento africano foi a diversidade rítmica e algumas danças e instrumentos, que tiveram um papel maior no desenvolvimento da música popular e folclórica, florescendo especialmente a partir do século XX. O indígena praticamente não deixou traços seus na corrente principal, salvo em alguns gêneros do folclore, sendo em sua maioria um participante passivo nas imposições da cultura colonizadora.
Ao longo do tempo e com o crescente intercâmbio cultural com outros países além da metrópole portuguesa, elementos musicais típicos de outros países se tornariam importantes, como foi o caso da voga operística italiana e francesa e das danças como a zarzuela, o bolero e habanera de origem espanhola, e as valsas e polcas germânicas, muito populares entre os séculos XVIII e XIX, e o jazz norteamericano no século XX, que encontraram todos um fértil terreno no Brasil para enraizamento e transformação.
Com o importante influxo de elementos melódicos e rítmicos africanos, a partir de fins do século XVIII, a música popular começa a adquirir uma sonoridade caracteristicamente brasileira. Na música erudita, contudo, aquela diversidade de elementos só apareceria bem mais tarde. Assim, naquele momento, tratava-se de seguir - dentro das possibilidades técnicas locais, bastante modestas em relação aos grandes centros europeus ou mesmo em comparação com o México e o Peru - o que acontecia na Europa e, em grau menor, na América espanhola. Uma produção de caráter especificamente brasileiro na música erudita só aconteceria após a grande síntese realizada por Villa Lobos, já em meados do século XX.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/
Afresco
Afresco (além dessa designação também é referido em Portugal como fresco) é o nome dado a uma obra pictórica feita sobre parede, com base de gesso ou argamassa. Assume frequentemente a forma de mural.
A palavra afresco é empregada, muitas vezes, para designar a pintura mural em geral. Do italiano "buona fresco", pintura mural mais antiga e resistente da história da arte, que representa para a pintura contemporânea, o que representa o latim para as línguas neolatinas. Trata-se de uma pintura com pigmentos à base de água, feita sobre argamassa ainda fresca de cal queimada e areia. Seu conhecimento se justifica pela sua resistência ao tempo e também pelo retorno ao estudo das origens da arte, consequência de um longo período de procura estilística desenvolvido pelos contemporâneos.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/
Aleijadinho
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Aleijadinho | |
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Suposto retrato póstumo de Aleijadinho realizado por Euclásio Ventura no século XIX. Abaixo, sua assinatura | |
Nome completo | Antônio Francisco Lisboa |
Nascimento | C. 29 de agosto de 1730 ou, mais provavelmente, 1738 Ouro Preto |
Morte | 18 de novembro de 1814 Ouro Preto |
Nacionalidade | Brasileiro |
Ocupação | Escultor, entalhador, arquiteto |
Movimento estético | Barroco e Rococó |
Pouco se sabe com certeza sobre sua biografia, que permanece até hoje envolta em cerrado véu de lenda e controvérsia, tornando muito árduo o trabalho de pesquisa sobre ele e ao mesmo tempo transformando-o em uma espécie de herói nacional. A principal fonte documental sobre o Aleijadinho é uma nota biográfica escrita somente cerca de quarenta anos depois de sua morte. Sua trajetória é reconstituída principalmente através das obras que deixou, embora mesmo neste âmbito sua contribuição seja controversa, já que a atribuição da autoria da maior parte das mais de quatrocentas criações que hoje existem associadas ao seu nome foi feita sem qualquer comprovação documental, baseando-se apenas em critérios de semelhança estilística com peças documentadas.
Toda sua obra, entre talha, projetos arquitetônicos, relevos e estatuária, foi realizada em Minas Gerais, especialmente nas cidades de Ouro Preto, Sabará, São João del-Rei e Congonhas. Os principais monumentos que contém suas obras são a Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto e o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos. Com um estilo relacionado ao Barroco e ao Rococó, é considerado pela crítica brasileira quase em consenso como o maior expoente da arte colonial no Brasil e, ultrapassando as fronteiras brasileiras, para alguns estudiosos estrangeiros é o maior nome do Barroco americano, merecendo um lugar destacado na história da arte do ocidente.
Anita Malfati
Anita Malfatti | |
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Retrato de Anita Malfatti aos 23 anos | |
Nascimento | 2 de dezembro de 1889 São Paulo, SP |
Morte | 6 de novembro de 1964 (74 anos) São Paulo, SP |
Nacionalidade | brasileira |
Ocupação | pintora, professora |
Magnum opus | O Homem Amarelo; Torso / Ritmo; A Estudante russa; A Mulher de Cabelos Verdes; O Farol; Ventania; Tropical |
Movimento estético | Modernismo brasileiro |
Filha do engenheiro italiano Samuel Malfatti e de mãe norte-americana Betty Krug, Anita Malfatti nasceu no ano de 1889, em São Paulo .
Segunda filha do casal, nasceu com atrofia no braço e na mão direita. Aos três anos de idade foi levada pelos pais a Lucca, na Itália, na esperança de corrigir o defeito congênito. Os resultados do tratamento médico não foram animadores e Anita teve que carregar essa deficiência pelo resto da sua vida. Voltando ao Brasil, teve a sua disposição Miss Browne, uma governanta inglesa, que a ajudou no desenvolvimento do uso da mão esquerda e no aprendizado da arte e da escrita.
Iniciou seus estudos em 1897 no Colégio São José de freiras católicas, situado à rua da Glória. Aí foi alfabetizada. Posteriormente passa a estudar em escolas protestantes: na Escola Americana e em seguida no Mackenzie College onde, em 1906, recebe o diploma de normalista.
Antiguidade
Na História da Arte, o termo Antiguidade refere-se à arte produzida pelas civilizações grega e romana, em especial aqueles objetos remanescentes dessas civilizações, como as esculturas. Essas peças exerceram grande influência sobre a arte ocidental, sendo valorizadas por longos períodos como verdadeiros modelos de perfeição. A Renascença Italiana foi um dos períodos em que essa valorização da arte grega e romana foi mais intensa. Seus padrões e formas eram ideais a serem perseguidos pelos artistas. Coleções do Vaticano e de famílias como os Medici (extremamente poderosos na época e patronos das artes) eram importantes guardiões da arte antiga. Entretanto, por mais fiéis que os artistas tentassem se manter à arte do passado, uma leitura baseada nos próprios valores da época histórica em que se encontravam era inevitável. Temas do cristianismo, por exemplo, eram extremamente freqüentes na Arte Renascentista. A partir da Renascença, a arte clássica (como também é chamada a arte antiga) foi se estabelecendo cada vez mais como uma arte nobre, que deveria pautar o trabalho de um artista. Bernini, por exemplo, um dos mais importantes escultores barrocos sempre ressaltou sua inspiração na arte clássica.
Nas academias que começaram a surgir a arte antiga era extremamente identificada como sinônimo de pura beleza e ideal artístico. O período Neoclássico assiste novamente a uma exacerbada admiração pela arte antiga, até mesmo como uma reação aos exageros do rococó . Os artistas do período procuravam copiar os modelos do passado, normalmente interpretados de uma maneira mais fria e impessoal do que a arte grega e romana efetivamente se mostrava. A partir do advento do Romantismo a supremacia da arte clássica vai perdendo cada vez mais espaço para a subjetividade. Entretanto, sua influência persistiu mesmo no século XX, sendo considerada ainda uma das bases de aprendizado dos artistas e inspirando nomes como Picasso.
Arcaísmo
Trata-se da preferência pela arte antiga e mais primitiva. Na Europa do século XVIII - juntamente com a volta da padrões estéticos góticos e gregos - foi comum o gosto por um estilo artístico que apresentasse como atributos a simplicidade e a pureza. Na História da Arte foram comuns os períodos em que se procurava a volta de padrões mais primitivos, como por exemplo, o gosto entre os colecionadores do século I pela arte grega arcaica ao invés das desenvolvidas posteriormente por essa civilização. Pode ser citado em especial dois períodos em que o arcaísmo está bem exemplificado: os Nazarenes na Alemanha e os Pré-Rafaelitas na Inglaterra.
Os Nazarenos foram um grupo surgido no começo do século XIX que tinha como principal objetivo a restauração dos laços entre a arte e os propósitos religiosos, propósito este, segundo eles, desvirtuado desde o século XVI. Suas inspirações vinham da arte da Idade Média e a do começo do Renascimento. Esse grupo acabou influenciando os Pré-Rafaelitas. A Irmandade dos Pré-Rafaelitas foi um nome adotado por um grupo inglês em 1848 que tinha como objetivo o resgate da arte Italiana anterior a Rafael, considerada mais simples e sincera. Seus temas eram, em grande parte das obras, religiosos. Iam contra o academicismo e as pinturas de genre. Na arte moderna, essa tendência manifesta-se principalmente através da valorização do primitivismo nas obras.
Artes
O conceito de arte é extremamente subjetivo e varia de acordo com a cultura a ser analisada, período histórico ou até mesmo indivíduo em questão.
Não se trata de um conceito simples e vários artistas e pensadores já se debruçaram sobre ele. O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, segunda edição), em duas de suas definições da palavra arte assim se expressa: "atividade que supõe a criação de sensações ou de estados de espírito, de caráter estético, carregados de vivência pessoal e profunda, podendo suscitar em outrem o desejo de prolongamento ou renovação"...; "a capacidade criadora do artista de expressar ou transmitir tais sensações ou sentimentos ...."
Independente da dificuldade de definição do que seja a arte, o fato é que ela está sempre presente na história humana, sendo inclusive um dos fatores que a diferenciam dos demais seres vivos. Além disso, a produção artística pode ser de grande ajuda para o estudo de um período ou de uma cultura particular, por revelar valores do meio em que é produzida. Duas grandes tendências se alternam na história da arte: uma tendência mais naturalista, que parte da representação do mundo visível e uma mais abstrata que não nos remete a objetos ou figuras conhecidas, preferindo as linhas, cores e planos. Uma prova das oscilações dessas tendências pode ser dada pelo fato, por exemplo, da arte abstrata estar presente tanto nas manifestações vanguardistas do século XX, quanto entre as produções de homens primitivos.
A arte pode se utilizar de vários meios para sua manifestação. Nas artes visuais os mais conhecidos são a pintura, a escultura, o desenho, as artes gráficas (gravura, tipografia e demais técnicas de impressão, inclusive a fotografia) e a arquitetura.
Arquitetura
Independente da dificuldade de definição do que seja a arte, o fato é que ela está sempre presente na história humana, sendo inclusive um dos fatores que a diferenciam dos demais seres vivos. Além disso, a produção artística pode ser de grande ajuda para o estudo de um período ou de uma cultura particular, por revelar valores do meio em que é produzida. Duas grandes tendências se alternam na história da arte: uma tendência mais naturalista, que parte da representação do mundo visível e uma mais abstrata que não nos remete a objetos ou figuras conhecidas, preferindo as linhas, cores e planos. Uma prova das oscilações dessas tendências pode ser dada pelo fato, por exemplo, da arte abstrata estar presente tanto nas manifestações vanguardistas do século XX, quanto entre as produções de homens primitivos.
A arte pode se utilizar de vários meios para sua manifestação. Nas artes visuais os mais conhecidos são a pintura, a escultura, o desenho, as artes gráficas (gravura, tipografia e demais técnicas de impressão, inclusive a fotografia) e a arquitetura.
Arquitetura
Arquitetura Austríaca
A civilização austríaca, arquitetura gótica, período romanesco, Hallenkirchen, Barroco e o gótico austríaco.
Arquitetura Bizantina
Arquitetura Bizantina, arte bizantina, obras bizantinas, basílica de São João, Basílica dos santos Sérgio e Baco e Santa Sofia.
Arquitetura Brasileira
A história da arquitetura brasileira, arquitetura indígena, a casa-fortaleza, arquitetura fortalezas, igrejas, barroco, Aleijadinho, Igreja de São Francisco, Ouro Preto, Art Nouveau, Art Deco, semana de arte moderna, Oscar Niemeyer, arquitetura de Brasília, Museu de Arte Moderna e o MASP.
Arquitetura Chinesa
A arquitetura na China, a Muralha da China, O Pagode, como eram construídos os templos e palácios, P’ai lou chinês, A Cidade Proibida, Mao Tsé-Tung, A praça da Paz Celestial.
Arquitetura Contemporânea
Origens da arquitetura contemporânea, Art Nouveau, Frank Lloyd Right, De Stijl, A Bauhaus, Le Corbusier, Arquitetura Escandinava, Arquitetura Latino-Americana, Louis Isadore Kahn, Arquitetura Pós-Modernista e as últimas tendências arquitetônicas.
Arquitetura Egípcia
A arquitetura no antigo império egípcio, as pirâmides, a necrópole, Gizé, os templos de Amon-Ra, Faraó Ramsés.
Arquitetura Espanhola
A arquitetura na Espanha, a Espanha renascentista castelo de Alhambra em Granada, Sinagoga de Santa Maria la Blanca, estilo gótico francês, catedral de Segóvia, Plateresque, o neoclassicismo espanhol.
Arquitetura Gótica
A arquitetura gótica francesa, as catedrais góticas, a ogiva, Notre-Dame, igrejas de Amiens, Vitrais, o estilo mudéjar.
Arquitetura Grega
Arquitetura cretense, palácio Cnosso, os templos gregos, ordens dórica, jônica e coríntia, o Partenon, período helenístico, a escultura de Fídias, o Erection, o anfiteatro,
Arquitetura Grega (2)
O sistema de ordens, Ordem Dórica, Parthenon, Ordem Iônica, Ordem Coríntia, Período Helenístico e a Acrópole.
Arquitetura Islâmica
A arte e arquitetura islâmica, as mesquitas, os minaretes ou almenaras, palácios, a câmara abobadada, Taj Mahal, a maksoura.
Arquitetura Mesopotâmica
A arquitetura na Mesopotâmia, as construções religiosas, os templos mesopotâmicos e os babilônicos.
Arquitetura Moderna
As inovações técnicas, o ferro, o aço e concreto, arranha-céus, a escola Bauhaus de Weimar, arquitetos organicistas e funcionais, Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.
Arquitetura Pré-Colombiana
A arquitetura Maia, templos-pirâmides, templos de colunas-estátuas, fase maia-tolte, Yucatán, civilização zapoteca, civilização asteca, civilização inca e Macchu Picchu.
Arquitetura Renascentista
O Renascimento, arquitetura gótica, o Tratado de Vitrúvio, a Seção Áurea, a Villa Rotonda, o Louvre, a renascença francesa e características da arquitetura renascentista.
Arquitetura Romana
Monumentos da arquitetura romana, urbanização romana, o Coliseu, o Panteon e as termas de Caracalas.
A civilização austríaca, arquitetura gótica, período romanesco, Hallenkirchen, Barroco e o gótico austríaco.
Arquitetura Bizantina
Arquitetura Bizantina, arte bizantina, obras bizantinas, basílica de São João, Basílica dos santos Sérgio e Baco e Santa Sofia.
Arquitetura Brasileira
A história da arquitetura brasileira, arquitetura indígena, a casa-fortaleza, arquitetura fortalezas, igrejas, barroco, Aleijadinho, Igreja de São Francisco, Ouro Preto, Art Nouveau, Art Deco, semana de arte moderna, Oscar Niemeyer, arquitetura de Brasília, Museu de Arte Moderna e o MASP.
Arquitetura Chinesa
A arquitetura na China, a Muralha da China, O Pagode, como eram construídos os templos e palácios, P’ai lou chinês, A Cidade Proibida, Mao Tsé-Tung, A praça da Paz Celestial.
Arquitetura Contemporânea
Origens da arquitetura contemporânea, Art Nouveau, Frank Lloyd Right, De Stijl, A Bauhaus, Le Corbusier, Arquitetura Escandinava, Arquitetura Latino-Americana, Louis Isadore Kahn, Arquitetura Pós-Modernista e as últimas tendências arquitetônicas.
Arquitetura Egípcia
A arquitetura no antigo império egípcio, as pirâmides, a necrópole, Gizé, os templos de Amon-Ra, Faraó Ramsés.
Arquitetura Espanhola
A arquitetura na Espanha, a Espanha renascentista castelo de Alhambra em Granada, Sinagoga de Santa Maria la Blanca, estilo gótico francês, catedral de Segóvia, Plateresque, o neoclassicismo espanhol.
Arquitetura Gótica
A arquitetura gótica francesa, as catedrais góticas, a ogiva, Notre-Dame, igrejas de Amiens, Vitrais, o estilo mudéjar.
Arquitetura Grega
Arquitetura cretense, palácio Cnosso, os templos gregos, ordens dórica, jônica e coríntia, o Partenon, período helenístico, a escultura de Fídias, o Erection, o anfiteatro,
Arquitetura Grega (2)
O sistema de ordens, Ordem Dórica, Parthenon, Ordem Iônica, Ordem Coríntia, Período Helenístico e a Acrópole.
Arquitetura Islâmica
A arte e arquitetura islâmica, as mesquitas, os minaretes ou almenaras, palácios, a câmara abobadada, Taj Mahal, a maksoura.
Arquitetura Mesopotâmica
A arquitetura na Mesopotâmia, as construções religiosas, os templos mesopotâmicos e os babilônicos.
Arquitetura Moderna
As inovações técnicas, o ferro, o aço e concreto, arranha-céus, a escola Bauhaus de Weimar, arquitetos organicistas e funcionais, Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.
Arquitetura Pré-Colombiana
A arquitetura Maia, templos-pirâmides, templos de colunas-estátuas, fase maia-tolte, Yucatán, civilização zapoteca, civilização asteca, civilização inca e Macchu Picchu.
Arquitetura Renascentista
O Renascimento, arquitetura gótica, o Tratado de Vitrúvio, a Seção Áurea, a Villa Rotonda, o Louvre, a renascença francesa e características da arquitetura renascentista.
Arquitetura Romana
Monumentos da arquitetura romana, urbanização romana, o Coliseu, o Panteon e as termas de Caracalas.
Arte Bizantina
Chama-se Arte Bizantina aquela produzida na parte leste do antigo Império Romano. Constantinopla, sua capital, foi fundada em 330 d.C. e caiu sob o jugo do Império Turco em 1453 (marcando a passagem histórica da Idade Média para a Idade Moderna).
Entretanto, uma arte propriamente bizantina não começou exatamente quando da divisão do Império Romano em duas partes, tampouco acabou logo após a tomada de Constantinopla. Durante os primeiros anos do Império do leste, a arte podia ser considerada ainda romana, desenvolvendo-se com outras características posteriormente. Da mesma forma, os padrões artísticos do Império Bizantino puderam ser observados até aproximadamente o século XVI.Além disso, outras povos que não pertenciam propriamente aos domínios do Império Bizantino assimilaram esses padrões, como os eslavos. Pode ser dividida em dois períodos distintos: a arte Bizantina dos primeiros tempos, que vai aproximadamente do século IV ao século VIII, e a arte bizantina mais tardia, que vai mais ou menos do século IX ao século XV. O ponto de ruptura entre esses dois modelos artísticos foi dado pela ação dos iconoclastas, que terminou em 843. No século VIII foi desencadeada uma luta contra a reprodução de imagens por Leão Isáurico (Leão II, 675 -741). Seus sucessores acabaram intensificando cada vez mais a luta contra os ícones, depredando com mosaicos, afrescos e perseguindo aqueles que cultuavam imagens. Eles acabaram por destruir grande parte da produção artística do primeiro período por motivos religiosos-filosóficos. Seu poder foi forte no Império até o século IX. A partir daí vemos o ressurgimento da arte bizantina com novas conquistas. A temática da arte Bizantina, de uma forma geral, é religiosa: eventos bíblicos, a vida dos santos. Era função do artista representar as crenças teológicas. Devido a forte importância das imagens, que funcionavam como verdadeiras pontes de contato entre o homem e o divino (ícones), os artistas deveriam seguir fielmente as tradições.
Qualquer inovação ou falha na representação de uma imagem com função tão importante poderia mesmo ser considerada como desrespeito à Igreja. Portanto, não era exigido do artista criatividade, originalidade, ou seu traço pessoal, sendo que pouquíssimos mestres bizantinos são conhecidos hoje. Mesmo quando a arte destinava-se a prestar homenagem ao Imperador, podia ser observado um fundo religioso, uma vez que, seguindo a tradição oriental, o Imperador era considerado como a emanação da figura divina na Terra. Um aspecto importante de toda essa observação na preservação das tradições foi a conseqüente preservação também de traços da arte grega e romana, um dos últimos redutos de sobrevivência desses padrões na Idade Média, antes da Europa passar a revalorizá-las durante o Renascimento. Diferenciava-se da arte clássica, por sua vez, principalmente na exaltação do divino e não do homem como faziam os antigos. Por essas características, percebe-se que era mais apropriada a arte em grande escala, para melhor exaltar o poder que deveriam representar. Os mosaicos talvez sejam os mais famosos trabalhos em arte do Império. Entretanto, também havia a arte realizada em pequenos objetos, como trabalhos têxteis, jóias, trabalhos em metais e principalmente a iluminação de manuscritos.
PRIMEIRO PERÍODO DA ARTE BIZANTINA
Nesse primeiro período, temos a figura do Imperador Justiniano, O Grande (527 - 565) como líder de uma das épocas de maior desenvolvimento da arte Bizantina. O Imperador era conhecido por patrocinar a atividade, além de sua força política e militar. A influência clássica era bastante nítida nos trabalhos do período. Entretanto, trata-se de uma época de difícil estudo uma vez que poucas obras sobreviveram. Uma das maiores obras de Justiniano foi a reconstrução da Igreja de Hagia Sophia. A Igreja, construída por Constantino, tinha sido destruída em 532 por facções políticas rivais. Isidorus de Miletus e Anthemius de Tralles eram os arquitetos responsáveis pela obra. A alta abóbada da igreja (55 m), com seus 33 m em diâmetros é uma das características mais marcantes do templo. Além disso, espacialmente podem ser notadas combinações de elementos das primeiras igrejas cristãs com elementos presentes nas construções de basílicas. A Basílica de São Apolinário em Classe, construída no século VI, é outra boa amostra de um templo bizantino, especialmente por conter em seu interior um belo mosaico, tipo de pintura que alcançou notável expressividade na Arte Bizantina. Mostra o santo em oração numa paisagem estilizada, algumas ovelhas, Moisés, Elias, uma cruz com a minúscula cabeça de Cristo na intersecção de seus dois lados e a Mão de Deus. O Mosaico foi decifrado como simbolizando a Transfiguração de Cristo.Um dado interessante da arte Bizantina é ver um mesmo tema tratado de maneiras distintas nas várias regiões do Império. Isso acaba por provar que apesar do respeito às tradições, típico dessa arte, ela não se mostrava fechada às variações de estilos em suas diferentes regiões. A iluminação de manuscritos é a manifestação artística que permite uma boa observação da arte Bizantina, uma vez que muitos deles conseguiram chegar até nós. Tanto como no ocidente, essa atividade é bastante representativa da arte do Império Romano oriental na Idade Média. Apresentava muitas variações, que podem corresponder às diferentes localidades de origem desses manuscritos. Podem ser encontradas desde páginas inteiras ilustradas às iluminações somente no meio de um texto. As ilustrações de manuscritos gregos parecem terem sido as preferidas pelos artistas. Os retratos dos autores presentes nas obras também seguiam a tradição da arte grega. Um bom exemplo pode ser dado pela representação de São Marcos nos Evangelhos Rossano, pertencente à Catedral de Rossano, sul da Itália. Outro manuscrito grego ilustrado foi Gênesis de Viena, hoje na Biblioteca Nacional de Viena. Os textos são pequenos e as ilustrações pormenorizadas, podendo uma mesma iluminação apresentar mais de um evento, com a repetição de personagens. Conforme já foi dito, a ação dos iconoclastas acabou por destruir grande parte da arte bizantina. Entretanto, no reino da Imperatriz Irene (787 -813) e a partir de 843 (Imperatriz Theodora) pode ser observada a restauração do culto aos ícones e um novo período de ouro da arte Bizantina.
SEGUNDO PERÍODO DA ARTE BIZANTINA
Após 843, começa uma nova era de ouro da arte Bizantina, com a restauração dos ícones. O Império Bizantino de então já é bem menor do que aquele governado por Justiniano, devido a perda de territórios para os árabes ou para a dinastia Carolíngia. O termo Renascença Macedônia pode ser usado também para designar a arte do período, uma vez que ela continha inúmeras referências clássicas. A denominação também baseia-se no fato dessa época ser o começo de uma dinastia iniciada por Basil I (867 - 886), o Macedônio. Na arquitetura não houve nenhuma construção que superasse em esplendor a Hagia Sophia, uma vez que predominava nessa época construções mais modestas. Exemplos de construções desse período são a Nea (destruída) e as demais igrejas em formas de quincunce (uma abóbada central rodeada de quatro pequenas abóbadas), nas regiões de Salonika, por exemplo. A Igreja de San Marco, em Veneza, tem clara inspiração na arte bizantina da época de Justiniano, mostrando como esses valores estéticos acabaram por atingir o oeste. Com seus mosaicos e esculturas, influenciou a maneira como o ocidente assimilaria a arte do leste. A Catedral de Pisa, construída pelo arquiteto Busketos, que mistura elementos romanescos aos bizantinos, é outro bom exemplo da expansão da arte bizantina. Na pintura, os ícones são grandes destaques. De profunda importância religiosa para a cultura do Império, as representações de entidades divinas, em especial os vários santos, eram adorados tanto por poderem estabelecer a ligação entre o plano humano e o divino, como pelas figuras em si. Os mosaicos são outro importante meio decorativo usado na arte bizantina. Normalmente no interior de igrejas, possuíam rica simbologia, representando Cristo, a Virgem, a Criança, os profetas, os apóstolos, os santos. Havia ainda imagens mostrando as principais festas do ano litúrgico bizantino. A iluminação de manuscritos continua sendo atividade importante na arte do Império. De uma forma geral, temos várias amostras da arte bizantina dessa segunda época de ouro. No caso dos manuscritos isso é ainda mais verdadeiro, tendo sobrevivido vários deles. Aspectos da arte clássica costumam estar bastante ressaltados, como a referência à mitologia grega. Paris Psalter, de Psalms, que retrata episódios do Velho Testamento, é um bom exemplo desses manuscritos. Um dos últimos exemplos de pintura bizantina pode ser dado pela Kariye Camii em Chora, Igreja do Salvador . Realizada já no século XIV, mostra a resistência da Igreja Bizantina que, mesmo com as tentativas de destruição promovidas pelo papado e as cruzadas, ainda se mostrava vigorosa. Quanto às esculturas, não há muitos exemplos de esculturas monumentais, prevalecendo sua utilização na decoração arquitetônica ou esculturas em pequena escala, como altares portáteis. Acredita-se que a arte bizantina foi de fundamental importância para o início da Renascença Italiana, assimilada tanto pelo contato comercial com o país latino, como pelo espólio realizado pelas Cruzadas.Arte Colonial Portuguesa
Arte colonial portuguesa foi o processo expansionista de Portugal teve efeitos diversos: do desinteresse dos artistas pelo "exótico" - foi o flamengo Francisco Henriques, e não Grão-Vasco, quem pintou o índio brasileiro na "Adoração dos Magos" de Viseu, em 1503 - à exportação do gótico nacional para o Marrocos e os arquipélagos de Madeira e Açores.
Só com os grupos sociais em convívio e interação surgem formas originais de hibridismo artístico. Como as da arte afro-portuguesa (Serra Leoa, Costa do Marfim) representadas por frágeis peças de mesa ou de cerimônia esculpidas em marfim por artesãos negros sobre desenhos levados por portugueses ou moldes metálicos. Síntese do gótico tardio com a arte africana, as manifestações artísticas afro-portuguesas foi um episódio breve (1470-1530).
É na Índia - onde o artesanato de luxo atingia alta qualidade - que esta mestiçagem melhor se elaborou, aproveitando-se das compras, ida de artistas a Portugal, criação de oficinais ou controle cristão das modalidades decorativas locais. Após 1540, com a fixação portuguesa em Diu e Baçaim, antecessora de Bombaim, a arte indo-portuguesa toma impulso, adquirindo características próprias que se manifestam, principalmente, nas artes portáteis: tecidos, mobiliário, jóias, imaginárias de marfim usadas a bordo das naus. Cerca de 200 anos depois, a arte indo-portuguesa entra em decadência nas fórmulas repetidas do Barroco luso-indiano. A arquitetura monumental faz de Goa a "Roma do Oriente" com a construção das igrejas da Sé (1560, maior catedral portuguesa), e da igreja dos Teatinos, 1657, uma cópia do Vaticano.
No Extremo Oriente (Málaga, junto a Cingapura, feitoria do Sirião, Birmânia,1612), as grandes obras cabem aos missionários do padroado português. Entre elas, a cidade de Nagasaki (1580), na ilha de Kyushu (Japão); a igreja de S. Paulo, em Macau, com fachada barroca jesuítica (1602) e a difusão da pintura renascentista no Japão onde a arte namban - de Namban-Jin, bárbaros do Sul, designação que os nipônicos davam aos portugueses - floresce em quadros, biombos e peças de laca que perduram mesmo após a sua proibição pelo Japão (1639). Mais cobiçada era a grande produção da China. A porcelana Ming, levada para Portugal em cargas enormes, originou a Companhia das Índias, exemplo da adaptação oriental ao gosto europeu e de um diálogo estético que possibilitou a formação de uma arte luso-chinesa.
O caso do Brasil é muito diferente. As primeiras obras duráveis - capela da Casa da Torre de Garcia d' Ávila (1560-70), alguns fortes (Montserrat, 1585; Reis Magos, 1597) e casas jesuíticas (Olinda, 1575 e Rio de Janeiro, 1585) - fiéis aos protótipos lusos quinhentistas, dão lugar a obras mais elaboradas. Entre elas, a Sé de Olinda, 1590, e mosteiros de ordens mais ricas como a de São Bento, no Rio de Janeiro, obra do engenheiro Francisco Frias de Mesquita, 1617, e a igreja dos Jesuítas, atual Sé de Salvador, Bahia, 1657, cópia de uma igreja de Santarém. Estas edificações já assimilam técnicas da escultura negra e da arte nativa, com participação em suas construções de artistas locais, entre eles, o pintor Eusébio de Matos, irmão do poeta Gregório de Matos e autor da sacristia da Sé de Salvador. Só após o período de prosperidade mineira explode, na última década do séc. XVII, a verdadeira arte local. Ao Barroco Nordestino, ainda mal estudado e mais próximo da metrópole, sucede-se o Barroco Mineiro já personalizado, evoluindo para o Rococó no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Norte do país onde a época pombalina faz surgir os fortes de Macapá e Príncipe da Beira, em 1776. Como dizia Mário Chicó, é no Brasil que se encontra o mais autêntico barroco português, e a figura de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (estátuas de Congonhas do Campo, Minas Gerais, 1796-1805), é o primeiro grito de independência brasileiro, um fato sem paralelo no Oriente português.
Arte Contemporânea Parte 1 Arte contemporânea, reunião de uma notável diversidade de estilos, movimentos e técnicas. Essa ampla variedade de estilos inclui a penetrante pintura realista Gótico americano (Grant Wood, 1930, Art Institute of Chicago, Illinois), que retrata um casal de agricultores do Centro-oeste americano e, ainda, os ritmos abstratos da tinta salpicada da pintura Preto e branco (Jackson Pollock, 1948, acervo particular). No entanto, mesmo que fosse possível dividir a arte contemporânea por obras figurativas, como o Gótico americano, e por obras abstratas, como Preto e branco, encontraríamos uma surpreendente variedade de estilos dentro dessas duas categorias.
Da mesma forma que o Gótico americano, pintado com precisão, é figurativo, a Marilyn Monroe (Willem de Kooning, 1954, acervo particular) pode ser considerada figurativa, apesar de suas pinceladas largas mal sugerirem os rudimentos de um corpo humano e características faciais.
O abstracionismo, além disso, apresenta uma série de abordagens distintas: desde os ritmos dinâmicos de Pollok em Preto e branco à geometria de ângulos retos da Composição em vermelho, amarelo e azul (Piet Mondrian, 1937-1942, Tate Gallery, Londres), cujas linhas e retângulos sugerem a precisão mecânica da máquina.
Outros artistas preferiram uma estética da desordem, como no caso do artista alemão Kurt Schwitters, que misturou jornais, selos e outros objetos para criar a Imagem com um centro luminoso (1919, Museu de Arte Moderna, Nova York).
Assim, o século XX apresenta mais do que variedade de estilos. Foi no período moderno que os artistas produziram pinturas não somente com materiais tradicionais, como o óleo sobre tela, mas também com qualquer material que estivesse disponível. Essa inovação levou a criações ainda mais radicais, como a arte conceitual e a arte performática. Com isso, ampliou-se a definição de arte, que passou a incluir, além de objetos palpáveis, idéias e ações.
CARACTERÍSTICAS DA ARTE CONTEMPORÂNEA
Devido a essa diversidade, é difícil definir a arte contemporânea incluindo toda a arte produzida no século XX. Para alguns críticos, a característica mais importante da arte contemporânea é sua tentativa de criar pinturas e esculturas voltadas para si mesmas e, assim, distinguir-se das formas de arte anteriores, que transmitiam idéias de instituições políticas ou religiosas poderosas. Já que os artistas contemporâneos não eram mais financiados por essas instituições, tinham mais liberdade para atribuir significados pessoais às suas obras. Essa atitude é, em geral, denominada como arte pela arte, um ponto de vista quase sempre interpretado como arte sem ideologia política ou religiosa.
Ainda que as instituições governamentais e religiosas não patrocinassem a maioria das artes, muitos artistas contemporâneos procuraram transmitir mensagens políticas ou espirituais. O pintor russo Wassily Kandinsky, por exemplo, achou que a cor combinada com a abstração poderia expressar uma realidade espiritual fora do comum, enquanto que o pintor alemão Otto Dix criou obras de cunho abertamente político que criticavam as diretrizes do governo alemão.
Outra teoria defende que a arte contemporânea é rebelde por natureza e que essa rebeldia fica mais evidente na busca da originalidade e de vontade de surpreender. O termo “vanguarda”, aplicado à arte contemporânea com freqüência, vem da expressão militar avant-gard — que em francês significa vanguarda — e sugere o que é moderno, novo, original ou avançado.
Muitos artistas do século XX tentaram redefinir o significado de arte ou ampliar a definição de modo a incluir conceitos, materiais ou técnicas jamais antes a ela associadas. Em 1917, por exemplo, o artista francês Marcel Duchamp expôs uma produção em massa de objetos utilitários, inclusive uma roda de bicicleta e um urinol, como se fossem obras de arte.
Nas décadas de 1950 e de 1960, o artista americano Allan Kaprow usou seu próprio corpo como veículo artístico em espetáculos espontâneos que, segundo ele, eram representações artísticas. Nos anos 1970, o artista americano que seguia o estilo do earthwork, Robert Smithson, usou elementos do meio ambiente — terra, rochas e água — como material para suas esculturas. Como conseqüência, muitas pessoas associam a arte contemporânea com aquilo que é radical e perturbador.
Ainda que a teoria da rebeldia pudesse ser aplicada para explicar a busca por originalidade que motivava um grande número de artistas do século XX, seria difícil aplicá-la a um artista como Grant Wood, cuja obra Gótico americano rejeitou claramente o exemplo da arte de vanguarda de sua época.
Outra característica fundamental da arte contemporânea é o seu fascínio pela tecnologia moderna e a utilização de métodos mecânicos de reprodução, como a fotografia e a impressão tipográfica. No início da década de 1910, o artista italiano Umberto Boccioni procurou glorificar a precisão e a velocidade da era industrial em suas pinturas e esculturas. Por volta da mesma época, o pintor espanhol Pablo Picasso incorporou às suas pinturas uma nova técnica, a colagem, que usava recortes de jornais e outros materiais impressos.
Seguindo a mesma linha, porém, outros artistas contemporâneos buscaram inspiração nos impulsos espontâneos da arte infantil ou na exploração das tradições estéticas tradicionais de culturas que não fossem industrializadas ou ocidentais. O artista francês Henri Matisse e o suíço Paul Klee foram influenciados por desenhos de crianças; Picasso observou de perto máscaras africanas e Pollock desenvolveu sua técnica de salpicar tinta sobre a tela, inspirando-se nas pinturas com areia dos índios norte-americanos.
Sob outra perspectiva, porém, afirma-se que a motivação básica da arte contemporânea é criar um diálogo com a cultura popular. Com essa finalidade, Picasso colou pedaços de jornal em suas pinturas, Roy Lichtenstein transportou tanto o estilo quanto o tema das histórias em quadrinhos para suas pinturas e Andy Warhol fez a representação das sopas enlatadas Campbell. No entanto, ainda que derrubar as barreiras entre a arte de elite e a cultura popular seja algo típico de Picasso, de Lichtenstein e de Warhol, não é típico de Mondrian, Pollock ou da maioria dos abstracionistas.
Cada uma dessas teorias é convincente e poderia explicar as muitas estratégias usadas pelos artistas contemporâneos. No entanto, até mesmo essa breve análise mostra que a arte do século XX é diversa demais para se encaixar em qualquer uma de suas muitas definições. Cada teoria pode contribuir para resolver uma parte do quebra-cabeça, mas nenhuma delas em separado representa a solução.
ORIGENS
A arte impressionista do final do século XIX antecipou muitas das características da arte contemporânea. Elas incluem a idéia da arte pela arte, a ênfase na originalidade, a exaltação da tecnologia moderna, o fascínio pelo primitivo e o compromisso com a arte popular. (Veja Impressionismo e Pós-Impressionismo)
PRIMEIRAS DÉCADAS DA ARTE CONTEMPORÂNEA
Os historiadores da arte têm relacionado a fragmentação da forma na arte do fim do século XIX e início do XX à fragmentação da sociedade da época. As crescentes realizações tecnológicas da Revolução Industrial ampliaram a distância entre as classes média e trabalhadora. As mulheres lutavam por direitos de igualdade e de voto. A visão da mente, apresentada pelo pai da psicanálise, Sigmund Freud, estipulava que a psique humana, longe de estar unificada, era repleta de conflitos e contradições emocionais. A descoberta da radiografia, a teoria da relatividade de Albert Einstein e outras inovações tecnológicas sugeriam que a experiência visual já não correspondia mais à visão de mundo da ciência.
Várias formas de criatividade artística refletiram essas tensões e desenvolvimentos.
Na literatura, James Joyce, T. S. Eliot e Virginia Woolf experimentaram novas estruturas narrativas, gramática, sintaxe e ortografia. Na dança, Sergei Diaghilev, Isadora Duncan e Loie Fuller revolucionaram em figurinos e coreografias pouco convencionais.
Na música, Arnold Schönberg e Igor Stravinski compuseram obras que não dependiam da estrutura melódica tradicional. A música, além de ter sido uma das artes em que mais foram feitas experiências, transformou-se na grande fonte de inspiração para as artes visuais.
No final do século XIX e no começo do XX, muitos críticos de arte foram influenciados pelos filósofos alemães Arthur Schopenhauer e Friedrich Nietzsche, que haviam proclamado que a música era a mais poderosa de todas as artes, já que causava emoções por si, e não através da imitação do mundo. Muitos pintores do movimento simbolista do final do século XIX, como Odilon Redon e Gustave Moreau, tentaram superar o poder de sugestão direto da música, pintando formas abstratas, realidades mais imaginárias do que o observável. Redon e os simbolistas criaram as bases para a arte abstrata.
NOVA OBJETIVIDADE
Após a destruição sem precedentes causada pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918), alguns artistas perderam sua fé na arte abstrata. Muitos deles passaram a acreditar que ela parecia fútil e superficial em um momento em que milhões de pessoas morriam, cidades inteiras sofriam com a escassez de alimentos, a corrupção política florescia e os soldados mutilados na guerra retornavam.Na Alemanha, os artistas pertencentes a um movimento conhecido como Neue Sachlichkeit (Nova objetividade) acreditavam que, para abordar esses problemas, a arte não deveria se dissociar da experiência da vida quotidiana, perseguir ideais filosóficos abstratos ou investigar a psicologia individual de seu criador.
Esses artistas, entre eles George Grosz e Otto Dix, defendiam uma volta a modos de representação mais tradicionais, além de um comprometimento direto com as questões sociais e políticas urgentes da época. O Vendedor de fósforos (1920, Staatsgalerie, Stuttgart), de Dix, por exemplo, rejeita o cubismo, o expressionismo e a abstração em favor de um tipo de representação de compreensão mais imediata.
Ao abordar o tratamento insensível concedido a soldados que tinham arriscado suas vidas por sua pátria, essa pintura mostra um soldado mutilado vendendo fósforos em uma rua enquanto é claramente ignorado pelos passantes. Dix sabia que o tratamento oferecido aos veteranos de guerra dependia de sua classe social. Assim, sua pintura não apenas denunciava a guerra de um modo geral, mas também as tensões sociais específicas que dividiam a Alemanha na época.
A ARTE CONTEMPORÂNEA APÓS A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Ainda que a Europa tenha sido o centro reconhecido da arte contemporânea na primeira metade do século XX, hoje a maioria dos críticos concorda que após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), houve um deslocamento para os Estados Unidos. Nos anos 20 e 30, muitos artistas americanos, inclusive Charles Demuth, Arthur Dove, Marsden Hartley e John Marin, tentaram adotar elementos do cubismo ou do futurismo em suas obras. Mas esses movimentos eram originalmente europeus e foram considerados essencialmente estranhos aos Estados Unidos.Na década de 1930, alguns artistas norte-americanos revoltaram-se contra as influências européias na arte americana. O Gótico americano, de Grant Wood, é uma obra típica de um movimento conhecido como regionalismo, cujo objetivo era valorizar o tipicamente americano, usando um estilo que evitasse qualquer referência ao modernismo europeu. Para outros artistas norte-americanos, os arroubos regionalistas somente poderiam prejudicar a arte.
DESENVOLVIMENTOS DO PÓS-GUERRA NA EUROPA
À medida em que o abstracionismo evoluía na América, outros movimentos semelhantes surgiam na Europa. O Art informel, termo usado para distinguir a abstração gestual da abstração geométrica na Europa, está relacionado em primeiro lugar ao artista francês Pierre Soulages, além de Hans Hartung Wols, dois artistas que nasceram na Alemanha, mas trabalharam na França.Assim como os abstracionistas, esses artistas enfatizavam o gesto do pintor, a pincelada, além das qualidades físicas da tinta, especialmente sua textura. Assim, procuravam dar a impressão de pura espontaneidade, sem preparação artística ou cálculos. Dentro do art informel havia um grupo chamado tâchistes (da palavra francesa tâche, que significa "mancha" ou "borrão"). O poeta e pintor belga Henri Michaux e o pintor francês Georges Matthieu estavam entre os tâchistes mais importantes.
As telas grandes de Matthieu misturavam cores intensas com um estilo abstrato que tomava como base as linhas, a pincelada e o interesse pela caligrafia asiática. Matthieu concebeu suas obras rapidamente, às vezes até mesmo em público, valorizando a liberdade do artista para pintar sem idéias preconcebidas e sem atingir um resultado previsível.
Alguns críticos associavam essa qualidade com o existencialismo. A preocupação com a textura física é evidente no art informel e no tâchisme e também aparece nas obras do pintor francês Jean Dubuffet. Mas, ao contrário de seus colegas que também produziam arte abstrata, Dubuffet enfocava a figura humana e se inspirava na arte das crianças, dos loucos e de outros que ele acreditava desprovidos de influencias culturais corruptoras. Denominou seu estilo de art brut (em francês, arte bruta) e, desde então, esse termo é utilizado para se fazer referência à arte de Dubuffet.
Assim como muitos artistas contemporâneos anteriores, ele procurava inspiração em fontes alheias à tradição ocidental. Rejeitava a idéia de que a arte devesse ser esteticamente agradável ou, apenas, ilustrar a realidade visual. Seu estilo de desenho, deliberadamente seco, enfatizava um processo de criação lento e difícil. Desse modo, rejeitava a facilidade e a impulsividade dos pintores abstratos em favor de uma arte mais primitiva, crua e bruta.
NOVAS FORMAS DE ARTE
Nas décadas de 1960 e de 1970, vários movimentos surgiram para tentar libertar a arte da influência do mercado artístico, sistema no qual as obras de arte se transformavam em mercadorias para serem compradas e vendidas como investimento financeiro.Um grupo de artistas, às vezes chamado de pós-minimalista, queria criar formas que tivessem um período de vida curto demais para serem vendidas. O escultor Richard Serra, por exemplo, jogou chumbo derretido em um canto da Galeria Leo Castelli, em Nova York, para uma série de obras chamada Splashing (1968). Seu objetivo não era apenas produzir uma arte efêmera, que não fosse vendável, mas também expressar as propriedades inerentes do metal líquido, que passaram a ser visíveis apenas quando esse material entrou em atividade.
Os artistas Robert Smithson, Michael Heizer, Walter De Maria e Nancy Holt também se engajaram no movimento de incorporar as forças da natureza à uma obra de arte. Esses artistas decidiram levar suas obras para o ar livre e criar o que ficou conhecido como earthworks (ver Arte e arquitetura dos Estados Unidos). Ao invés de pincéis ou lápis, usavam máquinas de terraplanagem e outros equipamentos para transformar a terra em formas esculturais gigantescas. A obra Spiral Jetty (1970), de Smithson, por exemplo, era uma gigantesca espiral de terra, pedra e cristais salinos que se estendia nas margens do Grande Lago Salgado, em Utah. Essa obra não era apenas grande demais para ser comprada ou vendida, como também vulnerável às forças da natureza, como a chuva, o vento e a erosão.
Movimentos da arte contemporânea:
Cubismo
Futurismo
Expressionismo
Dadaísmo
Surrealismo
Pop-arte
Arte Contemporânea Parte 2
11.SUPREMATISMO E CONSTRUTIVISMO RUSSO
Dois grupos russos também chegaram à arte abstrata no início do século XX. Por volta de 1913, os pintores Kasimir Malevitch e El Lissitzky iniciaram um movimento denominado suprematismo, e os escultores Vladimir Tatlin e Aleksandr Rodchenko fundaram um movimento conhecido como construtivismo. Os suprematistas, como Kandinsky, acreditavam que a arte abstrata podia transmitir uma conotação religiosa. Em 1915, Malevitch pintou um quadrado negro em um fundo branco que expôs no canto de uma sala, o local tradicional dos ícones russos. Segundo Malevitch, o termo “suprematismo” visava provocar a "supremacia do sentimento puro". O quadrado simbolizava a sensação e o fundo significava o nada. A intenção de Malevitch era representar a essência pura do próprio sentimento, e não um sentimento relacionado a uma experiência específica, como a fome, a tristeza ou a felicidade. Os construtivistas buscavam uma arte que fosse abstrata, porém de fácil compreensão. Suas esculturas valorizavam as propriedades materiais dos objetos, como a textura e a forma. Influenciados pelas técnicas de colagem e de construção de Picasso, Tatlin criou esculturas sem usar as técnicas tradicionais de entalhe ou modelagem. Enquanto que entalhar exige a remoção de materiais para revelar uma forma esculpida, a construção é um processo aditivo através do qual o artista combina materiais comuns como o metal e a madeira para dar forma a uma escultura. Ao contrário de Picasso, Tatlin jamais pintava ou alterava seus materiais, preferindo deixar que suas superfícies intocadas transmitissem sua verdadeira natureza. Em sua proposta para um Monumento à Terceira Internacional (1919-1920, modelo em madeira, Museu Estadual Russo, São Petersburgo), Tatlin projetou uma enorme estrutura de metal que celebraria a fundação do novo estado soviético. Sua intenção era de que ela fosse mais alta que a Torre Eiffel, em Paris, e que tivesse elementos giratórios internos que iriam abrigar departamentos governamentais, onde alguns girariam uma vez por dia, outros uma vez por mês e outros, ainda, uma vez por ano. Esse monumento de pouquíssima praticidade jamais foi construído, mas é um exemplo das várias tendências da arte contemporânea: sua inclinação a expressar ideais utópicos, a experimentar novos materiais e técnicas e a acabar com os limites entre as belas-artes e a engenharia.
12.DE STIJL
Em 1917, os pintores holandeses Piet Mondrian e Theo van Doesburg fundaram um grupo artístico conhecido como De Stijl (O estilo). Além deles, faziam parte do grupo o pintor Bart van der Leck, o escultor Georges van Tongerloo e o arquiteto Gerrit Rietveld. Como os suprematistas e construtivistas, muitos dos artistas do De Stijl estavam comprometidos com a idéia da arte abstrata e com a perspectiva que atribuía à arte um objetivo que ia além do simplesmente decorativo. Eles sentiam que a arte podia alterar a natureza da sociedade e criar um novo tipo de ambiente humano. A Composição em vermelho, amarelo e azul (1937-1942, Tate Gallery, Londres), de Mondrian, revela a tendência do De Stijl de reduzir a pintura a seus elementos mais essenciais. Linhas pretas horizontais e verticais dividem a tela branca em retângulos e alguns deles são pintados de vermelho, amarelo ou azul. A superfície da pintura não revela nada impulsivo ou intuitivo, tudo parece, embora nem sempre seja, planejado anteriormente na mente do artista. Com a intenção de fazer suas obras parecerem impessoais e mecanizadas, os artistas do De Stijl imitaram os cubistas e futuristas ao acreditarem que uma nova sociedade pudesse ser construída através da rejeição da individualidade e da adoção de um desejo coletivo. Apesar da geometria retilínea de Mondrian estar a quilômetros de distância das imagens dinâmicas e apocalípticas de Kandinsky, os dois artistas se dedicaram a conceber arte abstrata e acreditavam que ela poderia transmitir significados filosóficos. Exatamente como Kandinsky via suas obras abstratas transmitirem um sentido de espiritualidade, Mondrian via as grades assimétricas de suas composições como metáforas do equilíbrio de forças opostas: o homem e a natureza, o indivíduo e a sociedade e assim por diante. Essas idéias eram tão centrais na obra de Mondrian que ele acreditava que suas composições funcionariam como fundamento para a arquitetura e a decoração de interiores, uma perspectiva que Rietveld e outros arquitetos colocaram em prática posteriormente.
13.NOVA OBJETIVIDADE
Após a destruição sem precedentes causada pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918), alguns artistas perderam sua fé na arte abstrata. Muitos deles passaram a acreditar que ela parecia fútil e superficial em um momento em que milhões de pessoas morriam, cidades inteiras sofriam com a escassez de alimentos, a corrupção política florescia e os soldados mutilados na guerra retornavam. Na Alemanha, os artistas pertencentes a um movimento conhecido como Neue Sachlichkeit (Nova objetividade) acreditavam que, para abordar esses problemas, a arte não deveria se dissociar da experiência da vida quotidiana, perseguir ideais filosóficos abstratos ou investigar a psicologia individual de seu criador. Esses artistas, entre eles George Grosz e Otto Dix, defendiam uma volta a modos de representação mais tradicionais, além de um comprometimento direto com as questões sociais e políticas urgentes da época. O Vendedor de fósforos (1920, Staatsgalerie, Stuttgart), de Dix, por exemplo, rejeita o cubismo, o expressionismo e a abstração em favor de um tipo de representação de compreensão mais imediata. Ao abordar o tratamento insensível concedido a soldados que tinham arriscado suas vidas por sua pátria, essa pintura mostra um soldado mutilado vendendo fósforos em uma rua enquanto é claramente ignorado pelos passantes. Dix sabia que o tratamento oferecido aos veteranos de guerra dependia de sua classe social. Assim, sua pintura não apenas denunciava a guerra de um modo geral, mas também as tensões sociais específicas que dividiam a Alemanha na época.
14.DADAÍSMO
O massacre da Primeira Guerra Mundial afetou os artistas de maneiras diferentes. Alguns sentiram, como Mondrian, que o crescimento do ser humano dependia da criação de um modo de vida impessoal e mecanizado, enquanto que outros concordavam com Dix, acreditando que ele dependia de se chamar atenção para os problemas políticos. Outros chegaram à conclusão de que a própria idéia de crescimento do ser humano era uma ilusão sem sentido. Para esse grupo, a maior lição da guerra, se é que houve alguma, foi a falência da razão, da política, da tecnologia e até mesmo da própria arte. A partir dessa premissa, vários artistas e poetas criaram o dadaísmo, um movimento cujo nome propositadamente não significava nada e cujos membros ridicularizavam qualquer coisa que se relacionasse à cultura, política ou estética. Inicialmente centralizado em Zurique, na Suíça, o dadaísmo se espalhou mais tarde por Berlim, Paris e Nova York. Entre seus adeptos estavam o poeta e o artista alemães Hugo Ball e Kurt Schwitters, o poeta e o artista romenos Tristan Tzara e Marcel Janco, o artista americano Man Ray e os artistas franceses Jean Arp, Marcel Duchamp e Francis Picabia. Os dadaístas se opunham à concepção de arte ou de poesia criando colagens a partir de sucata velha. Também escreviam poemas satíricos usando palavras aleatórias. Alguns dos artifícios criativos mais comuns dos dadaístas eram o acaso e a eventualidade. A fonte (1917, Museu de Arte Moderna, Nova York), de Marcel Duchamp, foi uma das primeiras obras dadaístas particularmente influente. Trata-se de um urinol, produzido em massa, que foi transformado em obra de arte simplesmente por ter sido exposto em uma galeria e por ter recebido um novo título. Duchamp queria ridicularizar as concepções tradicionais sobre arte, criatividade e beleza. O artista — apesar de Duchamp ter sempre negado ser um artista — não criava mais obras de perfil estético baseadas em inspiração ou talento, mas selecionava objetos do uso cotidiano pré-fabricados. E ainda que esses objetos, que Duchamp considerava acabados e prontos para o uso, fossem originalmente funcionais, ele negava sua função utilitária ao inseri-los em um novo contexto — uma galeria ou um museu — e ao mudar seus títulos.
15.SURREALISMO
A crítica radical à arte e à razão feita pelos dadaístas teve um efeito forte sobre um movimento artístico e literário criado em 1924, o surrealismo. Os surrealistas, porém, queriam dar uma conotação mais positiva à mensagem pessimista do dadaísmo. Se inspiravam na obra de Freud, que argumentava que a mente humana se dividia entre o consciente e o inconsciente inacessível, onde os desejos, sentimentos e pensamentos mais profundos de uma pessoa estão reprimidos. Os surrealistas procuraram alcançar esses desejos e sentimentos particulares através de imagens oníricas, de associações aleatórias de palavras e da arte. Entre os artistas que buscavam maneiras de ter acesso ao inconsciente encontravam-se André Breton, André Masson e Yves Tanguy, da França; René Magritte, da Bélgica; Joan Miró e Salvador Dalí, da Espanha; e Max Ernst, da Alemanha. Dois estilos distintos surgiram dentro do surrealismo. Alguns artistas, como Dalí e Magritte, tentaram criar imagens oníricas ao retratar objetos de forma precisa, mas fazendo justaposições de maneira irracional. Um exemplo dessa estratégia é A persistência da memória (1931, Museu de Arte Moderna, Nova York), de Dalí. Nessa pintura, relógios de bolso pendem, amolecidos, de um galho morto, enquanto insetos, um tampo de mesa e um rosto distorcido se encontram em uma paisagem árida que leva a penhascos e um litoral. A combinação desses elementos incoerentes sugere uma alternativa, ou uma sub-realidade, conforme o nome do movimento indica. Outros surrealistas tentaram deixar que a mão passeasse sobre a superfície da tela sem nenhum controle consciente, uma técnica por eles denominada automatismo. Eles concluíram que, se fosse possível diminuir o controle do consciente, o inconsciente poderia começar a se manifestar. As linhas da pintura passariam a ser motivadas não mais pelo consciente, que segue convenções sociais e treinamento, mas pelo forte armazenamento de emoções escondidas no inconsciente. O automatismo teve início junto aos surrealista parisienses, como Picabia, Arp e Masson, mas na década de 1940 ganhou forte adesão em Nova York e em Montreal, no Canadá. A obra Pânico (1963, Museu Nacional de Arte Moderna, Paris), de André Masson, é mais abstrata que as imagens oníricas de Dalí, ainda que convide o observador a examinar suas superfícies complexas em busca de pistas visuais que levem a significados ocultos. Talvez Masson não tenha tido a intenção de transmitir esses significados, mas acreditava que eles deviam estar relacionados a suas emoções e desejos mais íntimos.
16.A ESCULTURA NA EUROPA
Apesar de muitos escultores do século XX terem se vinculado a vários movimentos, como o cubismo e o construtivismo, outros tenderam a abrir seus próprios caminhos. Constantin Brancusi, um romeno que estabeleceu residência em Paris, contribuiu para as primeiras abstrações ao simplificar as formas até seu ponto mais elementar. Além disso, em peças como O pássaro no espaço (1919, Museu de Arte Moderna, Nova York), Brancusi poliu a superfície de bronze da escultura até obter um acabamento com bastante reflexo, contrastando o metal liso com as texturas da base de pedra e do pedestal de madeira. Em outras palavras, cada material ganhou importância própria e passou a ser valorizado por suas características. Nem toda escultura moderna, contudo, foi dedicada à abstração. Os surrealistas, como o escultor suíço Méret Oppenheim, preferiram representar objetos utilitários da vida cotidiana usando combinações de materiais inesperados. Em Objeto, Café-da-manhã envolto em pele, (1936, Museu de Arte Moderna, Nova York), Oppenheim envolveu uma xícara de chá e uma colher com pele de animal. Ainda que combinações surpreendentes como essa sejam típicas do surrealismo, sua obra é particularmente perturbadora, pois manipula os observadores, fazendo-os imaginar como seria sentir ou pôr na boca uma colher envolta em pele, levando-os a ter uma experiência desagradável que compromete sentidos múltiplos. O escultor suíço Alberto Giacometti também era vinculado ao surrealismo, do qual fez releituras ambíguas e encantadas. Suas primeiras obras foram influenciadas por esculturas africanas do povo dan, da Libéria e da Costa do Marfim. As formas de Giacometti poderiam ser vistas tanto como representações do corpo humano, quanto como objetos utilitários. Ao final da década de 1940 e na de 1950, Giacometti afastou-se dos trocadilhos visuais do surrealismo e começou a criar figuras extremamente magras e alongadas, com superfícies irregulares e ásperas. O Homem atravessando a rua (1949, Kunsthaus, Zurique, Suíça) é uma dessas peças, com suas imagens rígidas de seres humanos sendo isolados tanto de seu ambiente quanto de outros indivíduos. O inglês Henry Moore foi outro escultor cujas obras oscilaram entre as referências de imagens e a abstração. A forma feminina reclinada estava entre seus temas mais comuns, como em Figura reclinada (1938, Tate Gallery, Londres). Essa obra combina o tema do nu reclinado da arte ocidental com a tradição asteca de representar figuras horizontais. Moore ousou com a anatomia humana ao fazer buracos profundos na imagem e, desse modo, transformou a forma em algo mais abstrato, chamando atenção para cores e formas perceptíveis através dessas áreas perfuradas. A forma orgânica e ondulada da figura remete à linguagem curvilínea do surrealismo e brinca com a semelhança entre as curvas da forma feminina e as ondulações da terra, reforçando a idéia de fertilidade que em geral é associada às duas coisas.
17.A ARTE CONTEMPORÂNEA APÓS A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Ainda que a Europa tenha sido o centro reconhecido da arte contemporânea na primeira metade do século XX, hoje a maioria dos críticos concorda que após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), houve um deslocamento para os Estados Unidos. Nos anos 20 e 30, muitos artistas americanos, inclusive Charles Demuth, Arthur Dove, Marsden Hartley e John Marin, tentaram adotar elementos do cubismo ou do futurismo em suas obras. Mas esses movimentos eram originalmente europeus e foram considerados essencialmente estranhos aos Estados Unidos. Na década de 1930, alguns artistas norte-americanos revoltaram-se contra as influências européias na arte americana. O Gótico americano, de Grant Wood, é uma obra típica de um movimento conhecido como regionalismo, cujo objetivo era valorizar o tipicamente americano, usando um estilo que evitasse qualquer referência ao modernismo europeu. Para outros artistas norte-americanos, os arroubos regionalistas somente poderiam prejudicar a arte.
18.ABSTRACIONISMO
Durante o final da década de 1940, um movimento chamado abstracionismo começou a se desenvolver nos Estados Unidos sob a influência de idéias surrealistas, especialmente o desejo de alcançar o inconsciente através da técnica do automatismo. Os abstracionistas enfatizaram o processo da pintura, ao permitirem que evidências dos gestos do artista permanecessem visíveis na superfície da tela. Jackson Pollock, Franz Kline, Willem de Kooning, Robert Motherwell e Hans Hofmann se encontravam entre os líderes desse movimento. As pinturas do abstracionismo, como a Autumn Rhythm (1950, Museu Metropolitano de Arte, Nova York), de Pollock, dão uma impressão de espontaneidade e energia física jamais vista. Também criaram composições onde as marcas visuais estão dispostas de maneira a eliminar o centro de atenção visual. Além do surrealismo, o abstracionismo também sofreu influência das idéias de Kandinsky quanto às semelhanças entre a arte e a música abstratas e a capacidade da arte abstrata de transmitir conteúdo significativo e emocional. Outros abstracionistas, como Mark Rothko, Adolph Gottlieb, Clyfford Still, Ad Reinhardt e Barnett Newman, escolheram uma abordagem diferente. Ao invés de enfatizarem o ato de pintar, criaram imagens compostas de grandes extensões de cores e de formas simplificadas. Barnett Newman, por exemplo, usou uma única listra vertical para dividir uma área colorida que, do contrário, seria sólida em seu Onement I (1948, Museu de Arte Moderna, Nova York). A imagem parece simples, mas ele a enxergava como um símbolo da vulnerabilidade da humanidade (a listra) perante a natureza (a área). Outro grupo de abstracionistas, que também utilizava a técnica dos planos cromáticos, misturava o interesse de Pollock pela gravidade e pela pintura salpicada com o interesse de Rothko e Newman pelo efeito visual das cores. Os americanos Helen Frankenthaler, Morris Louis e Kenneth Noland diluíam a tinta acrílica para obter a mesma fluidez da aquarela. Aplicado à tela, o pigmento criava a chamada pintura manchada. Em Point of Tranquillity (1960, Museu Hirschhorn, Washington, D.C.), Louis dobrou e inclinou a tela, fazendo com que a gravidade guiasse as cores líquidas pela superfície. Com essa técnica, o artista abriu mão intencionalmente de um certo controle sobre o resultado de sua obra.
19.DESENVOLVIMENTOS DO PÓS-GUERRA NA EUROPA
À medida em que o abstracionismo evoluía na América, outros movimentos semelhantes surgiam na Europa. O Art informel, termo usado para distinguir a abstração gestual da abstração geométrica na Europa, está relacionado em primeiro lugar ao artista francês Pierre Soulages, além de Hans Hartung Wols, dois artistas que nasceram na Alemanha, mas trabalharam na França. Assim como os abstracionistas, esses artistas enfatizavam o gesto do pintor, a pincelada, além das qualidades físicas da tinta, especialmente sua textura. Assim, procuravam dar a impressão de pura espontaneidade, sem preparação artística ou cálculos. Dentro do art informel havia um grupo chamado tâchistes (da palavra francesa tâche, que significa "mancha" ou "borrão"). O poeta e pintor belga Henri Michaux e o pintor francês Georges Matthieu estavam entre os tâchistes mais importantes. As telas grandes de Matthieu misturavam cores intensas com um estilo abstrato que tomava como base as linhas, a pincelada e o interesse pela caligrafia asiática. Matthieu concebeu suas obras rapidamente, às vezes até mesmo em público, valorizando a liberdade do artista para pintar sem idéias preconcebidas e sem atingir um resultado previsível. Alguns críticos associavam essa qualidade com o existencialismo. A preocupação com a textura física é evidente no art informel e no tâchisme e também aparece nas obras do pintor francês Jean Dubuffet. Mas, ao contrário de seus colegas que também produziam arte abstrata, Dubuffet enfocava a figura humana e se inspirava na arte das crianças, dos loucos e de outros que ele acreditava desprovidos de influencias culturais corruptoras. Denominou seu estilo de art brut (em francês, arte bruta) e, desde então, esse termo é utilizado para se fazer referência à arte de Dubuffet. Assim como muitos artistas contemporâneos anteriores, ele procurava inspiração em fontes alheias à tradição ocidental. Rejeitava a idéia de que a arte devesse ser esteticamente agradável ou, apenas, ilustrar a realidade visual. Seu estilo de desenho, deliberadamente seco, enfatizava um processo de criação lento e difícil. Desse modo, rejeitava a facilidade e a impulsividade dos pintores abstratos em favor de uma arte mais primitiva, crua e bruta.
20.A ESCULTURA ABSTRATA
O escultor americano Alexander Calder começou a criar obras de arte ao fazer experiências com formas e movimentos abstratos nas décadas de 1920 e de 1930, ao ser influenciado pelas formas mecânicas do construtivismo russo e pelas composições de Mondrian. Mas sua contribuição mais inovadora foi o móbile, uma escultura abstrata feita em metal, cujos componentes estavam em equilíbrio e dispostos de forma a permitir um movimento natural. Assim, o artista incorporou o princípio da casualidade à obra, permitindo que a natureza — ventos ou correntes de ar — movimentasse-as de maneira imprevisível. Calder produziu esculturas móveis da década de 1930 até a de 1970. Outro escultor que rompeu os limites estabelecidos das categorias artísticas foi o americano David Smith. Em suas obras da década de 1930 até o início da de 1950, misturou objetos com formas abstratas, a fluidez do traço com a solidez da forma esculpida e a opacidade do metal com a transparência de seu traço. Suas obras não parecem ter um centro de atenção visual e, sendo assim, aplica-se à elas o princípio da composição encontrado no abstracionismo. Em obras posteriores, como Cubi XIX (1964, Tate Gallery, Londres), Smith passou da abstração orgânica para a geométrica, soldando formas cúbicas com um equilíbrio precário. Manteve uma mistura de elementos da escultura e da pintura ao lustrar e polir a superfície de metal de Cubi XIX, um processo que deixou marcas de caligrafia curvas e produziu um sentido de espontaneidade na execução da obra do artista. As esculturas em madeira de Louise Nevelson também refletiam as composições completamente estampadas características do abstracionismo. Nevelson pegava objetos comuns, colocava-os dentro de molduras geométricas dispostas firmemente e os pintava de uma única cor, em geral, preto. Ao transformar esses objetos comuns em obra de arte, neutralizou suas identidades e funções originais. A cor única unia os vários elementos, até mesmo enquanto despertava atenção para a variedade de formas. Ainda que muitas de suas peças ficassem apoiadas no chão, suas obras posteriores tornaram-se cada vez mais dinâmicas, ficando presas à parede. Um exemplo de suas obras é a Obscuridade total (1962), caixas de madeira que contêm, em seu interior, grande variedade de objetos também de madeira.
21.O RETORNO DO DADAÍSMO
Ainda que o abstracionismo seja amplamente identificado com a arte dos Estados Unidos da década de 1940 em diante, no final dos anos 1950 os artistas americanos Robert Rauschenberg e Jasper Johns quiseram reiniciar o diálogo entre a arte e os objetos comuns, que já havia sido iniciado pelo movimento dadaísta. Rauschenberg inventou a combinação, uma forma artística que, como o próprio nome indica, combinava a pintura com objetos reais. Essas obras se encontravam em uma posição intermediária ente a pintura e a escultura, entre a arte de elite e a cultura popular. Misturavam a aplicação altamente pessoal e gestual da tinta típica do abstracionismo, com o lixo descartado da cultura ocidental, assim como com objetos do cotidiano, como fotos e recortes de jornal. Da mesma forma, Johns jogava com os opostos. Em Bandeira (1958, Museu de Arte Moderna, Nova York), por exemplo, pintou uma réplica de um objeto bastante conhecido, a bandeira americana. Sua obra parodiava o desejo abstracionista de liberdade de expressão ao usar a forma predeterminada e o padrão decorativo da bandeira. Assim, ele arruinou o formato da bandeira através da concepção da superfície áspera e irregular da pintura, obtida da mistura de jornais amassados com a tinta. Para completar o círculo, essa superfície texturizada faz com que o observador se recorde das pinceladas das obras abstracionistas. Além disso, Johns escolheu representar um objeto que é tão plano quanto uma pintura, levando o espectador a especular se trata-se de uma pintura de uma bandeira, uma bandeira propriamente dita ou ambas as coisas.
22.MINIMALISMO
As listras da bandeira de Johns influenciaram de forma marcante Frank Stella, um artista cujo estilo ajudou a dar início a um movimento completamente diferente: a arte minimalista. Ele eliminou qualquer referência a objetos do cotidiano, mas manteve o conceito de repetição que há nas bandeiras de Johns. Em The Marriage of Reason and Squalor (1959, Museu de Arte Moderna, Nova York), pintou um padrão de listras finas em tecido, brancas e simétricas e precisamente mensuradas em uma tela preta, usando a repetição como sua maneira de compor a imagem. Uma vez que tivesse definido uma unidade modular (a listra), simplesmente repetia essa unidade por toda a tela. Abandonou o método tradicional de compor a pintura, em que o artista adiciona aos poucos elementos que dão equilíbrio à imagem, e adotou um método através do qual a pintura virtualmente pinta a si mesma. Ao ser perguntado quanto ao conteúdo de sua obra, Stella respondeu: "O que você vê é o que você vê", querendo dizer que a experiência visual da obra era o aspecto mais significativo, e que as tentativas de inferir qualquer significado não eram o ponto essencial da questão. Outra figura chave no movimento minimalista foi o escultor Donald Judd. Como Stella, usou em suas esculturas o artifício minimalista da repetição. Muitas dessas obras consistem em séries de caixas idênticas e intercambiáveis, feitas de materiais industriais como o aço e plexiglas. Além disso, Judd eliminou todo o conteúdo emocional de sua obra ao passar para engenheiros e artesãos a tarefa de construir suas esculturas. Outros artistas minimalistas importantes foram os americanos Carl Andre, Robert Morris e Dan Flavin.
23.ARTE POP
O movimento da arte pop da década de 1960 se inspirou nos objetos do cotidiano usados por Johns e Rauschenberg. Os artistas pop, como os americanos Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Claes Oldenburg, James Rosenquist e Tom Wesselman, estabeleceram um forte vínculo entre a arte da elite e a cultura popular. Em Whaam! (1963, Tate Gallery, Londres), Lichtenstein produziu um tipo de arte a partir de um tema jamais associado à elite: as histórias em quadrinhos. Lichtenstein reproduziu as tiras de histórias, inclusive os pontos mecânicos criados pelo processo de impressão. Mas o aspecto mais original na imagem de Lichtenstein foi o fato de que, uma vez separados, os quadrinhos já não contavam mais uma história. Fora de contexto, a imagem tinha sua própria força abstrata. Além disso, os pontos impressos à máquina ganharam uma nova nitidez ao serem pintados a mão por Lichtenstein. Andy Warhol preferiu adotar outra estratégia. Como Judd, freqüentemente delegava a execução de suas peças a assistentes. Em sua Bomba atômica (1965, Saatchi Collection, Londres) e em peças semelhantes que mostram batidas de carro e cadeiras elétricas, Warhol reproduziu repetidamente imagens chocantes retiradas de um jornal. Essas obras demonstraram como a repetição, possibilitada pelas técnicas de reprodução mecânica, às vezes pode deixar o público insensível em relação ao conteúdo de uma imagem.
24.NOVAS FORMAS DE ARTE
Nas décadas de 1960 e de 1970, vários movimentos surgiram para tentar libertar a arte da influência do mercado artístico, sistema no qual as obras de arte se transformavam em mercadorias para serem compradas e vendidas como investimento financeiro. Um grupo de artistas, às vezes chamado de pós-minimalista, queria criar formas que tivessem um período de vida curto demais para serem vendidas. O escultor Richard Serra, por exemplo, jogou chumbo derretido em um canto da Galeria Leo Castelli, em Nova York, para uma série de obras chamada Splashing (1968). Seu objetivo não era apenas produzir uma arte efêmera, que não fosse vendável, mas também expressar as propriedades inerentes do metal líquido, que passaram a ser visíveis apenas quando esse material entrou em atividade. Os artistas Robert Smithson, Michael Heizer, Walter De Maria e Nancy Holt também se engajaram no movimento de incorporar as forças da natureza à uma obra de arte. Esses artistas decidiram levar suas obras para o ar livre e criar o que ficou conhecido como earthworks (ver Arte e arquitetura dos Estados Unidos). Ao invés de pincéis ou lápis, usavam máquinas de terraplanagem e outros equipamentos para transformar a terra em formas esculturais gigantescas. A obra Spiral Jetty (1970), de Smithson, por exemplo, era uma gigantesca espiral de terra, pedra e cristais salinos que se estendia nas margens do Grande Lago Salgado, em Utah. Essa obra não era apenas grande demais para ser comprada ou vendida, como também vulnerável às forças da natureza, como a chuva, o vento e a erosão.
25.A PERFORMANCE
O movimento de performance surgiu no início da década de 1960 com o objetivo de acabar com as forças de mercado controladoras da arte e inspirado pelas performances dadaístas existentes há aproximadamente 40 anos. Allan Kaprow, Vito Acconci, Chris Burden e Carolee Schneeman foram alguns dos artistas que criaram os happenings. Essas apresentações ou eventos sem ensaio, onde quase sempre se esperava a participação da platéia, tinham como objetivo romper as fronteiras entre a arte e a vida cotidiana. Na Alemanha, um grupo de artistas internacionais que se autodenominava Fluxus tinha objetivos semelhantes. O Fluxus foi fundado em 1961 pelo artista americano George Maciunas, o americano de origem coreana Nam June Paik e o artista alemão Wolf Vostell. Joseph Beuys, um escultor e artista performático alemão, foi um dos membros mais importantes do Fluxus. Dentro do espírito do dadaísmo, suas demonstrações eram quase sempre intencionalmente absurdas, como a sua sugestão de que o Muro de Berlim deveria ganhar alguns centímetros de altura para ficar mais proporcional, ou a sua tentativa de fundar partidos políticos para os animais. Em How to Explain Pictures to a Dead Hare (1965), Beuys amarrou um pedaço de feltro na sola de um dos pés e um pedaço de metal na outra. Em seguida cobriu a cabeça com uma folha dourada e começou a dar explicações sobre obras de arte a uma lebre morta que embalava nos braços. Por trás desses evidentes absurdos, existiam questões mais sérias, que discutiam quais eram os limites entre a vida e a morte, entre o ser humano e os animais, o racional e o irracional e, finalmente, entre a arte e a platéia.
26.ARTE CONCEITUAL
Os artistas performáticos iniciaram o processo de separação entre a arte e a criação de um objeto físico. O movimento da arte conceitual adotou esse impulso em sua conclusão lógica. Em meados da década de 1960, os artistas conceituais começaram a produzir obras de arte indistingüíveis das idéias responsáveis por sua existência. A obra One and Three Chairs (1970, Museu de Arte Moderna, Nova York), do artista conceitual americano Joseph Kosuth, é um exemplo do que ele denominava "arte como idéia como idéia". Kosuth justapôs uma cadeira de verdade, uma foto de uma cadeira e uma definição por escrito do termo cadeira retirada de um dicionário e, com isso, chamou atenção para a distinção entre realidade e representação e entre representação e linguagem. Outros artistas conceituais queriam que sua arte tivesse mais conteúdo político do que apenas filosófico. Em Direito à vida (1979, acervo particular), o artista alemão Hans Haacke reproduziu uma conhecida propaganda de xampu que mostrava uma jovem com cabelo brilhante. Abaixo da reprodução, Haacke afixou o regulamento do fabricante em relação aos riscos que as funcionárias próximas à época de entrar em trabalho de parto sofriam ao serem expostas a substâncias químicas tóxicas. Esse regulamento isentava a empresa de responsabilidade caso essas mulheres gerassem filhos com deficiências. Também declarava que essas mulheres tinham o direito de pedir demissão, de aceitar exercerem outras funções na mesma empresa, mas que pagavam salários mais baixos, ou de serem esterilizadas. A legenda de Haacke repetia o nome da empresa e adicionava o comentário sarcástico: "Onde as mulheres têm escolha".
27.FOTO-REALISMO
Enquanto as performances, os trabalhos que usavam terra e a arte conceitual pareciam indicar o fim da arte como objeto físico permanente, o movimento do foto-realismo defendia a volta a técnicas e temas mais tradicionais. Os pintores foto-realistas — Chuck Close, Don Eddy, Richard Estes, Audrey Flack e Ralph Goings e o inglês Malcolm Morley — pintaram obras sobre fotografias. A obra Phil (1969, Museu Whitney de Arte Americana, Nova York), de Close, é um enorme retrato do compositor americano Philip Glass. Mas a fotografia jamais reproduz o mundo exatamente como ele é. A curvatura da lente da máquina fotográfica deformou levemente o formato do rosto, a ponta do nariz e certos fios do cabelo aparecem fora de foco e outras distorções sutis também aparecem na obra. Ao invés de corrigir essas imperfeições, Close as registrou da forma mais exata possível em sua pintura. O foto-realismo era um novo tipo de realismo. Não era tanto uma representação quanto uma representação da representação, um reconhecimento óbvio do papel da máquina fotográfica como instrumento intermediário entre a realidade e o artista. Escultores como Duane Hanson e John De Andrea criaram imagens humanas tridimensionais vinculadas fortemente ao foto-realismo. Mais do que usar a máquina fotográfica, eles faziam moldes diretamente do corpo humano. Para fazer Artist and His Model (1980, acervo particular), De Andrea usou moldes feitos a partir do corpo de um modelo e do seu próprio, que depois pintou para criar uma reprodução com detalhes precisos. Mas, apesar da fantástica ilusão de realidade, De Andrea deixou de pintar o pé do modelo. A cor da pele pode ser percebida pelo espectador apenas quando ele olha do pé para a perna e depois para o corpo. Essa omissão de De Andrea nega a verdade inicial da obra e lembra o mito de Pigmalião, o artista que se apaixonou por sua escultura de tal forma que os deuses lhe concederam seu desejo e deram vida à obra.
28.NEO-EXPRESSIONISMO
Nas décadas de 1970 e 1980, o retorno à arte figurativa tomou um aspecto mais pessoal com o neo-expressionismo. Na Itália, Alemanha e Estados Unidos os neo-expressionistas usaram as mesmas pinceladas vigorosas dos artistas expressionistas, mas pintaram a forma humana de novas maneiras. Os artistas italianos, como Francesco Clemente, Sandro Chia e Enzo Cucchi, exploraram assuntos como a mitologia clássica e outros tópicos ignorados por muito tempo pelo modernismo. Na Alemanha, o neo-expressionismo permitiu que os artistas criassem suas obras a partir de seu passado cultural. As primeiras manifestações do expressionismo no Die Brücke e no Der Blaue Reiter foram essencialmente alemãs. Ao mesmo tempo, pintores alemães como Anselm Kiefer e Georg Baselitz puderam usar a linguagem visual dos primeiros expressionistas para abordar questões difíceis sobre o passado da Alemanha nazista (ver Nazismo), ignorados por pintores abstratos das décadas anteriores. Os neo-expressionistas americanos Julian Schnabel, Eric Fischl, David Salle e outros usaram a representação figurativa de muitas maneiras diferentes. Fischl representou cenas sinistras da vida nos bairros. Schnabel pintou sobre materiais pouco convencionais, como veludo preto e louça de barro quebrada e Salle fez referências à obras variadas que iam de pinturas holandesas do século XVII e desenhos animados de Walt Disney até obras expressionistas abstratas. A obra de Salle parecia rejeitar a idéia de originalidade que tinha sido tão importante para os primeiros modernistas.
29.PLURALISMO
O uso indiscriminado de Salle de estilos artísticos anteriores é um aspecto de um fenômeno maior conhecido como pós-modernismo. É problemático definir esse termo de significado tão amplo pois este depende de uma definição de modernismo convincente, sendo poucos os acadêmicos que chegaram a um acordo sobre o que é realmente o modernismo. Além do empréstimo de estilos, o pós-modernismo inclui inconsistências, ironias, alegorias, impurezas, referências à linguagem e significados ambíguos. Muito já se discutiu no âmbito acadêmico quanto ao fato dessas estratégias terem sido completamente novas ou elementos fundamentais do modernismo. Estilos concorrentes coexistiram durante os anos 1980 e 1990, período descrito como pluralista. Aparentemente, o único elo de ligação entre a maioria dos artistas era a crença contínua na arte como algo impossível de ser completamente definido. Essa diversidade pode ser vista nas obras do artista americano Jenny Holzer, que criou letreiros eletrônicos, nas do americano de origem coreana Nam June Paik, que construiu torres a partir de aparelhos de televisão e nas dos americanos Keith Haring e Jean-Michel Basquiat, que transformaram o grafite em arte. Alguns artistas começaram a usar programas de computador para criar obras de arte que questionam a própria existência da arte. Em uma instalação de 1997 do artista americano Peter Halley no Museu de Arte Moderna de Nova York, os espectadores usaram computadores para alterar as imagens e as cores que o artista tinha escolhido. A obra levantou várias questões fundamentais: o que é a obra de arte? É a imagem na tela? Impressão? Programa de computador? Se o programa for interativo, quem, então, é o artista? Ou a palavra “artista” já não é mais adequada? Essas são algumas das importantes questões que a arte do século XX não respondeu.
Arte e Arquitetura da Índia
1.INTRODUÇÃOÍndia, Arte e arquitetura, conjunto das obras artísticas e arquitetônicas do subcontinente indiano desde o III milênio a.C. até nossos dias. Para os adeptos da tradição ocidental, podem parecer, à primeira vista, exagerados e sensuais; porém, mesmo estes, vão apreciando seu refinamento. Caracterizam-se também por um grande sentido do desenho, patente tanto nas formas modernas quanto nas tradicionais. A cultura indiana costuma manifestar volúpia com uma liberdade de expressão não habitual. A arte da Índia pode ser compreendida e julgada no contexto das pretensões e necessidades ideológicas, estéticas e rituais da civilização hindu. Tais pretensões se fixaram já no século I a.C. e têm exibido notável tenacidade ao longo dos séculos. A visão hindu-jaino-budista do mundo depende da resolução do paradoxo central de toda a existência, segundo o qual a mudança e a perfeição, o tempo e a eternidade, a imanência e a transcendência, funcionam como partes de um único processo. Assim, não se pode separar a criação do criador e o tempo deve ser entendido como uma matriz da eternidade. Este conceito, aplicado à arte, divide o universo da experiência estética em três elementos distintos, ainda que relacionados entre si: os sentidos, as emoções e o espírito. Estes elementos ditam as normas para a arquitetura, como instrumento para fechar e transformar os espaços, e para a escultura, em termos de volume, de plasticidade, de modelagem, de composição e de valores estéticos. No lugar de representar a dicotomia entre a carne e o espírito, a arte hindu, por meio da sensualidade e da voluptuosidade deliberadas, funde ambas, através de um complexo simbolismo que, por exemplo, transforma a carnalidade de um corpo feminino num mistério perene de sexo e de criatividade, no qual a momentânea esposa se revela como a mãe eterna. O artista hindu utiliza de forma acertada alguns motivos, como a figura feminina, a árvore, a água, o leão e o elefante numa composição determinada. Ainda que o resultado seja às vezes inquietante no tocante aos conceitos, no que se refere à vitalidade sensual, ao sentido do terreno, à energia muscular e ao movimento rítmico permanecem inconfundíveis. Todos os elementos que formam a pintura indiana — como a forma do templo hindu, os contornos dos corpos dos deuses hinduístas, a luz, a sombra, a composição e o volume — são encaminhados para glorificar os mistérios que resolvem o conflito entre a vida e a morte, entre o tempo e a eternidade. A arte indiana manifestada na arquitetura, na escultura, na pintura, na joalheria, na cerâmica, nos metais e nos tecidos estendeu-se por todo o Oriente com a difusão do budismo e do hinduísmo e exerceu uma grande influência sobre as artes da China, do Japão, da Birmânia, da Tailândia, do Camboja e de Java. As duas religiões, com suas ramificações, predominaram na Índia até que o islamismo tomou força entre os séculos XIII e XVIII. A religião muçulmana proíbe a representação da figura humana nos contextos religiosos, motivo pelo qual a decoração passou a representar motivos geométricos.
2.ARQUITETURA
A primeira mostra de arquitetura indiana foi a construção de edifícios de tijolos, ao tempo que se levantavam estruturas de madeira. Embora estas últimas tenham desaparecido ao longo dos séculos, foram imitadas por construções de pedra que ainda estão de pé. A época clássica primitiva começou no ano 250 a.C., durante o reinado de Asoka, que emprestou ao budismo o patrocínio imperial. Muito comuns nessa época são as stupas (pequenos templos para guardar as relíquias dedicadas a Buda) e os chaityas (templos rupestres), entre os quais destacam-se a Grande Stupa de Sanchi, iniciada pelo imperador Asoka e ampliada em épocas posteriores, e o Chaitya de Karli, do início do século II. A partir do século V, ocorreu o ocaso do budismo, com a ascensão do hinduísmo e do jainismo. O estilo inerente a estas religiões se misturaram para dar lugar aos motivos elaborados que constituem a marca da arquitetura indiana e que aparecem talhados nas rochas, formando sanefas. Os exemplos mais importantes estão na colina de Parasnath, em Bihar; no monte Abut, em Abu Rajasthan; e em Strunjaya, em Gujarat. A arquitetura islâmica da Índia vem desde o século XIII até os nossos dias. A ela pertencem o famoso mausoléu de Gol Gundadh (1660), em Bijapur, estado de Mysore; a torre Qutb Minar (século XII), com cinco andares de pedra e mármore, em Delhi, capital; e a mesquita de Jami Masjid (1423), em Ahmadabad. A fase mongol do estilo indo-islâmico, entre os séculos XVI e XVIII, fomentou o uso de materiais luxuosos, como o mármore. O exemplo culminante desse estilo é o mausoléu do Taj Mahal, em Agra. Desde o século XVIII, a construção de grandes edifícios na Índia tem mantido as formas históricas próprias ou se submetido aos modelos europeus introduzidos pelos britânicos.
3.ESCULTURA
No vale do Indo, entre os restos dos edifícios de tijolo queimado de Mohenjo-Daro, têm sido encontrados objetos do III milênio a.C., entre os quais há figuras de alabastro e mármore, estatuetas de terracota e louça fina representando deusas nuas e animais, um modelo de carreta em cobre e numerosos selos quadrados de louça e marfim com animais e pictografias. Com a chegada do budismo, no século III a.C., iniciou-se a evolução de uma arquitetura monumental em pedra, que se completava com a escultura em baixo relevo. Os exemplos mais destacados desse período são os capitéis com formas de animais das pilastras de arenisca para os editos do monarca Asoka e as varandas de mármore que rodeiam as stupas de Bharhut, perto de Satna, em Madhya Pradesh. Também são notórias as portas da Grande Stupa de Sanchi (século II a.C.), cujos relevos têm a delicadeza e a minúcia dos trabalhos talhados em marfim. Os vestígios das obras precoces pertencentes a essa escola denotam também uma estreita relação com o estilo escultural de Bharhut. Mais tarde, nos séculos I e II, a escola de Mathura desenhou os antigos símbolos de Buda e começou a representá-lo por meio de figuras reais. Tal inovação foi adotada nas sucessivas fases da escultura indiana. No período gupta, que abrange do ano de 320 até cerca de 600, fizeram-se figuras de Buda com linhas claramente definidas e contornos depurados, envoltas em vestes diáfanas que colavam ao corpo como se estivessem molhadas, como a de Sultanganj, no estado de Bihar. Neste período, ocorreu também o desenvolvimento da escultura hindu. Talharam-se relevos para adornar os santuários escavados na rocha de Udayagiri (400-600), em Madhya Pradesh, e os templos de Garhwa, perto de Allahabad e Deogarh. Desde o século IX até a consolidação de poder muçulmano, no princípio do século XIII, a escultura indiana foi, pouco a pouco, voltando-se para as formas lineares, para o contorno pronunciado em vez do volume. Cada vez era mais utilizada como decoração, subordinada ao estilo arquitetônico. Era rica em intrincados detalhes e se caracterizava por figuras de múltiplos braços, tiradas do panteão dos deuses hindus e jain, que vieram substituir as sensíveis figuras dos deuses budistas, com a multiplicidade de formas acentuando a importância do domínio técnico. Quando os muçulmanos subiram ao poder, no século XIII, adotaram muitos dos motivos nativos para suas ornamentações. As tradições se mantiveram até a época atual, sobretudo no sul, onde a arte ainda mantém a pureza hindu.
4.PINTURA
Em duas localidades se conservam restos de pinturas indianas anteriores ao ano 100 de nossa era. Os fantásticos murais das cavernas de Ajanta cobrem o período conpreendido entre os anos 50 e 642. Destacam-se também as pinturas da cova de Jogimara, em Orissa, que pertencem a dois períodos: ao século I a.C. e à época medieval, as primeiras de desenho mais vigoroso e de melhor qualidade do que as segundas. No período gupta, alcançou-se a fase clássica da arte indiana, às vezes serena e espiritual, outras vezes enérgica e voluptuosa. Em Patan, Gujarat, conserva-se um Kalpa Sutra (manual de liturgia religiosa) do ano 1237, ilustrado em folha de palma. A pintura de Rajput floresceu em Rajputana, Bundelkhand (atualmente parte de Madhya Pradesh), e no Punjab Himalaya, entre os séculos XVI e XIX. Baseava-se na iluminura de manuscritos com motivos decorativos planos e é uma pintura popular refinada e lírica, que ilustra as epopéias hindus tradicionais, sobretudo a vida do deus Krishna. A pintura mongol, derivada da sofisticada tradição persa, era uma arte cortesã patrocinada pelos imperadores.
5.JOALHERIA, CERÂMICA E TÊXTEIS
Entre as artes decorativas indianas, a joalheria é a mais bela e a que mais interesse desperta universalmente. Seus artífices dominavam as técnicas da filigrana e do granulado. As características especiais que distinguem a melhor cerâmica indiana são a estrita subordinação da cor e da ornamentação à forma — e a repetição de motivos naturais na decoração. No ramo do artesanato em metal, destacam-se os apetrechos e as armas dos militares de alta patente. Caxemira é notável por seus chales de lã de rico colorido; Surat, em Gujarat, é famosa por suas sedas estampadas; e Ahamadabad e Varanasi, junto com Murshidabad, em Bengala ocidental, produzem suntuosos brocados.
Autoria: Aleandro Marcelino Azevedo